Nióbio: Uma riqueza ignorada

“Um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, considerado fundamental para a indústria de alta tecnologia e cuja demanda tem aumentado nos últimos anos, tem sido objeto de controvérsia e de uma série de suspeitas e informações desencontradas que se multiplicam na internet – alimentando teorias conspiratórias e mitos sobre a dimensão da sua importância para a economia mundial e do seu potencial para elevar o Produto Interno Bruto (PIB) do país”.

Trecho de matéria do G1 São Paulo – escrita por Darlan Alvarenga, Publicada no dia 09/04/2013.

Utilizado como liga na produção de aços especiais, o nióbio quem? também é um dos metais mais resistentes à corrosão e altas temperaturas. É comumente empregado em tomógrafos de ressonância magnética, turbinas de avião, automóveis, na indústria bélica, aeroespacial e nuclear.

Apesar de ser encontrado no solo de diversos países, o país detêm o maior percentual das reservas de nióbio, chegando a 98%, restando uma mínima parte para Canadá e Austrália.

Esse domínio do Brasil no mercado mundial de nióbio despertou o interesse de potências siderúrgicas e econômicas. Como pode ser visto em documentos secretos do governo dos EUA que foram revelados pelo site WikiLeaks, onde mostrava que as minas pira de nióbio do Brasil são estrategicamente importantes para o governo americano.

O fato é que o controle da oferta de nióbio está na mão, principalmente, de duas empresas privadas que operam no país e o governo brasileiro não desenvolve nenhuma política que possa aumentar a cadeia industrial consumidora de nióbio no país. Levantando vários questionamentos do por que desse metal ser tão cobiçado internacionalmente, e ser desconhecido pela maior parte dos brasileiros.

Vista aérea das instalações da CBMM, em Araxá-MG, e da Anglo American, em Catalão-GO

E ao pesquisar sobre o nióbio podemos verificar que este desconhecimento por parte dos brasileiros é consequência de no país não ter tecnologia para o aproveitamento do nióbio na indústria brasileira. Sendo assim a maior parte do nióbio extraído acaba sendo exportado, não chegando ao conhecimento da população.

Eduardo Azeredo

Tiago Uliana

M3