O rei da imitação

Falando em Fonologia, a parte da gramática que estuda os sons da fala, surge a dúvida: a Fonologia estuda os sons produzidos pelos papagaios? Ou ainda, papagaio fala mesmo? 

Para responder estas e outras questões, a jornalista Lúcia Helena de Oliveira escreveu para o site da revista Superinteressante a matéria Como o Homem Fala. A matéria faz justiça ao nome da revista porque é mesmo superinteressante, quem puder/quiser leia na íntegra, vale cada parágrafo.

Agora, cata o trecho da matéria que fala exatamente do nosso amigo loro: 

A voz do papagaio nada tem a ver com a do homem , a quem imita: para início de conversa, como nas demais aves seu som não é produzido por cordas vocais, mas por uma membrana, a seringe, situada entre os brônquios e a traquéia. De uma espécie de ave para outra existem diferenças na membrana, assim como nos músculos que a fazem vibrar para produzir a onda sonora daí a diversidade do canto dos pássaros. "A seringe de uma ave canora é muito mais complexa do que a dos papagaios", compara a bióloga Elizabeth Hofling, da Universidade de São Paulo. Em compensação, o cérebro do papagaio tem uma capacidade de aprendizado maior para imitar sons." Outras aves conseguem a mesma proeza, como certas araras e as gralhas. Já os pássaros pretos, excelentes imitadores, preferem copiar outras espécies por exemplo, canários.

Assim sendo, papagaio NÃO fala e por isso a Fonologia nem olha pra ele. "Suas" últimas palavras:

Fiquei assim, sem palavras.